
Festa Junina ou festa de Natal, qual você escolhe? (Fotomontagem: Daiana Verdério)
O relógio marca meia-noite. É dia primeiro de junho. Um mês de romance para aqueles que têm a “alma gêmea”, mas também um mês de festa para os “sorteiros”. No início é um falatório de amor aqui, amor de lá, amor para sempre e blábláblá. Aquelas mesmices das pessoas apaixonadas que só pensam no que irão ganhar do namorado (a). Fala sério, a maioria pensa assim. Maldito consumismo.
Depois do dia 12 é aí que o caldo esquenta. É tempo de festas juninas e as comemorações seguem a todo “vapor”, literalmente. É tal de viva São João, Santo Antônio e São Pedro, típica tradição da Igreja Católica. E não é que eu gosto, uai?! Já o Natal tem aquele significado nobre e também cristão. Celebrar o nascimento de Jesus é festa. Mas entrar forçado pela mãe na brincadeira do amigo secreto da família, aí é para se jogar na BR. Não tem situação pior. Aliás, tem sim, a famosa e sem graça brincadeira do “pavê ou para comer”, ou até mesmo aquela tia que não te vê há muito tempo e quando chega já tasca a pergunta: Cadê o namorado fia?
Nas festas juninas não tem nada disso. Tem homens de camisa xadrez, com chapéu de palha, com a calça mais velha e desbotada e o clássico coração vermelho costurado na bunda, uma belezura de caipira sô. Já as mulheres com vestidos coloridos, cabelo repartido no meio (parecendo que a vaca lambeu), com “chiquinhas” (para disfarçar), maquiada com seis bolinhas pretas em cada bochecha feitas com lápis de olho, uma lindeza da roça pronta para seduzir na barraca do correio elegante. Gente, não há peru de Natal que me faça trocar a participação na paquera. Imagina só desperdiçar a oportunidade de “laçar” um boy magia com as divertidas cantadas?!
Nas festas juninas tem aquele forrozão, o baião, o xaxado e até mesmo a quadrilha
Eu lembro de uma vez que uma colega escreveu para um menino e no bilhete disse que ele era tão gato, mas tão gato, que quando ele acordava, não bocejava, miava. Putz! Foi tiro e queda quando ele leu. Queda mesmo, porque ele jogou o papel na fogueira. Legal, só que não.
Nas festas juninas tem aquele forrozão, o baião, o xaxado e até mesmo a quadrilha. E no Natal? Você dança com quem? Não tem isso. No Natal você enche o “bucho”, com aquelas comidas deliciosas da vovó e no outro dia já levanta passando mal porque o olho foi maior que a barriga na noite passada. Eu prefiro pular a fogueira.
Nos arraias você tem a oportunidade de se deliciar com aquele canudo frito, coração de abóbora, “tetinha de nega”, pamonhas, pé de moleque e pipocas, maravilha! Na ceia de Natal nem dá tanta vontade de comer mais o saboroso panetone, a mãe compra e põe na mesa desde novembro.
O bom disso tudo é curtir e aproveitar cada segundo da vida. Oras, não sabemos o dia de amanhã. O mês de junho está aí, corra e aproveite os quitutes das festas, e já vai se preparando para encontrar aquela tia legal no Natal, pois o tempo voa. Haja o que houver, festeja com moderação e lembre-se: quem faz a alegria é você.